
Grama Esmeralda.
A grama campeã em vendas. Essa variedade é a mais produzida e comercializada no Brasil. Excelente para campos esportivos e jardins.
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Grama São Carlos.
Grama muito utilizada em áreas com pouca luz, locais com mais sombras. Essa variedade não é muito resistente ao pisoteio.
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Grama Batatais.
Grama rústica e não cultivada de folhas largas e verde-claro, fornecida em placas irregulares, variedade muito resistente a seca.
Leia MaisHistória da Grama no Brasil.
O cultivo de grama no Brasil começou por volta de 1974, quando o engenheiro agrônomo Minoru Ito, após estágio nos Estados Unidos, onde aprendeu técnicas de cultivo, se associou a uma empresa de jardinagem e paisagismo, de propriedade do engenheiro agrônomo René Luiz Barreto. Juntos fundaram a Itograss e lançaram no mercado as primeiras gramas cultivadas, chamadas zoysia ou grama coreana. Passados 30 anos desde o início desta atividade, o Brasil, apesar de não figurar ainda entre os principais produtores mundiais de grama, tem mostrado que este é um setor em pleno crescimento , com uma expansão de 10 mil hectares em 6 anos, atingindo uma área de aproximadamente 17.000 ha, movimentando neste último ano cerca de US$53 milhões. Pesquisas cientificas tem documentado muitos benefícios de um gramado para o meio ambiente. Um gramado bem mantido proporciona um local confortável e seguro para diversão e prática de esportes, libera oxigênio (cerca de 58 m2 de área gramado libera por dia, O2 suficiente para uma pessoas); refresca o ar e com isto contribui para os esforços de reduzir a tendência de aquecimento global (pode diminuir a temperatura do ambiente em até 16,5 oC em relação a uma superfície com asfalto); reduz a emissão de CO2 (absorve grande quantidade de CO2 para realizar fotossíntese durante o ano todo) atenuando o efeito estufa e controla a poluição do solo (as raízes e estolões funcionam como um filtro absorvendo o que passa por ela). Gramados são utilizados para controle de erosão do solo, sendo seis vezes mais efetivos em absorver a água da chuva que uma lavoura de trigo e quatro vezes mais que uma lavoura de feno. A quantidade de sedimentos perdidos de área gramada é dez vezes menor do que a cobertura por palha. Além do que um gramado bem cuidado pode elevar valorizar o preço de um imóvel. A produção de gramas no Brasil, concentra-se nos estados de São Paulo e Paraná, com uma área que ultrapassa 5000 ha. Com áreas de produção bem menos expressiva estão os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro e mais recentemente Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e também o Nordeste do país. Entre os principais mercados consumidores, destacam-se obras públicas, parques industriais, áreas esportivas (futebol e golfe, principalmente) e jardins residenciais. Nos últimos anos a área esportiva, foi responsável por 20 a 25% do total de grama consumida, sendo este aumento atribuídos em grande parte á construção de campos de golfe, que demandam aproximadamente 50 ha de grama por campo. No Brasil há cerca de 77 campos e/ou clubes de golfe oficiais e em torno de 40 particulares. As gramas cultivadas são comercializadas principalmente em tapetes de 0,40 x 0,625 a 1,25 m ou em rolos de 0,30 a 0,40 x 1,0 a 1,25 m. Outras forma menos comuns são as bandejas (com 25 ou 64 plugs), estolões ou sementes. Recentemente, duas empresas uma do Rio Grande do Sul e a outra de São Paulo, iniciaram a comercialização também do chamados big roll, que são rolos de grama com aproximadamente 1,0 a 1,2 m de largura e mais de 40 m de comprimento. Das gramas cultivadas no Brasil 80% é a grama esmeralda ou japonesa (Zoysia japônica Steud), porém são também comercializadas a grama são carlos ou sempre-verde (Axonopus affinis Chase), a santo agostinho ou inglesa (Stenotaphrum secundatum [Walt] Kuntze) e a bermudas (Cynodon dactylon [Pers] L.), mais utilizada em áreas esportivas. Cada espécie apresenta características específicas como rusticidade, plasticidade, resistência ao pisoteio, capacidade de desenvolvimento em áreas de pouca luminosidade, capacidade de rebrota, etc. que permitem indicá-las para diferentes usos e manejo. São vendidas gramas extraídas de campos naturais, e comercializadas em placas desuniformes, cortadas com enxada, sendo a mais comum a grama batatais. No Brasil as principais gramas cultivadas são de estação quente, porém há espécies específicas para inverno, inclusive importadas e utilizadas no Brasil em semeadura sobre as falhas de gramados em campos esportivos, técnica de cobertura chamada overseed. Nos últimos anos, a FCA – UNESP – Campus de Botucatu, tem-se destacado como o principal pólo de estudo e pesquisa em gramas cultivadas, tendo começado os trabalhos em novembro de 2000, quando técnicos da Itograss Agrícola os Eng°. Agr°. Roberto Gurgel e Aloizio Lino de Souza, procuram a FCA, com a intenção de desenvolver estudos sobre nutrição e adubação das gramas cultivadas. Os primeiros estudos ocorreram de maio de 2001 a fevereiro de 2002 pelos até então pós-graduandos Dr. Leandro J. G. de Godoy e Dr. José Ricardo P. Gonçalves sob orientação do Prof.Dr. Roberto Lyra Villas Boas. Destes estudos resultaram um relatório técnico com informações sobre o acúmulo de nutrientes e o primeiro manual de identificação de sintomas de deficiências nutricionais da grama esmeralda. Os estudos foram se ampliando, e no ano seguinte foram realizados ensaios de adubação nitrogenada e potássica objetivando determinar as doses mais adequadas que proporcionariam a formação de um tapete de grama esmeralda em menor tempo e com qualidade A instalação da primeira tese de doutoramento sobre produção de grama ocorreu em dezembro de 2002, e envolveu estudos com doses e parcelamento do nitrogênio para produção de grama esmeralda e santo agostinho, desenvolvida pelo Dr. Leandro J. G de Godoy na região de Itapetininga, maior região produtora de grama cultivada do país Em 2003 foi realizado experimento da mestranda Aline Regina Piedade intitulada “Desenvolvimento vegetativo de quatro espécies de grama irrigadas com efluente de estação de tratamento de esgoto doméstico”. que teve a orientação do Prof. Dr. Raimundo Cruz. Ainda neste ano, na expectativa de incentivar novos profissionais e pesquisadores para a área de gramado, foi realizado o I SIGRA – Simpósio sobre Gramados – “Produção, implantação e manutenção de gramados”. primeiro evento técnico científico do setor de gramados. Alunos de graduação também se envolveram nos projetos de grama, tendo a graduada Paula Arigoni, bolsita do CNPq, desenvolvido no período de setembro de 2003 a agosto de 2004 – experimento sobre doses e modos de incorporação do adubo fosfatado na nutrição e produção de tapetes de grama esmeralda (Z. japônica Steud.). Ainda neste ano, estudos sobre a nutrição da grama Santo Agostinho realizado no DRN/Solos resultaram no primeiro Manual de Identificação de Sintomas de Deficiências Nutricionais da Grama Santo Agostinho. O grupo de alunos envolvidos no SIGRA e em trabalhos de pesquisas, realizaram também viagens técnicas, para o conhecimento de diferentes modalidades de gramados esportivos: pista de corrida de cavalos do Jóquei Clube de São Paulo; campo de futebol do Estádio do Morumbi e o campo de golfe do São Fernando Golf Club, em Cotia-SP. A expectativa de produtores e empresas envolvidas na produção e manejo de gramados fez com que em 2004 , fosse realizado o II SIGRA – Simpósio sobre Gramados – “Manejo de Gramas na Produção e em Gramados Formados”, com a presença de vários técnicos brasileiros, mas também do Prof. J. Bryan Unruh da Universidade da Flórida, EUA, e Dr. Gerry Brower, da Kesmac, empresa canadense fabricante de máquinas e implementos para a produção de grama . Neste evento foi realizado a I Mostra-Conferência de Insumos e Máquinas para Gramados com a demonstração de equipamentos e palestras técnicas.e o lançamento da Associação dos Produtores de Grama do Estado de São Paulo e da Associação dos Gramicultores do Paraná. As parcerias com empresas do setor ampliaram-se e em 2005 foram realizados experimentos com empresas de fertilizantes específicos para gramados e também junto à Agraesp, em áreas de produtores no município de Itapetininga, experimento envolvendo níveis de calcário Como fruto dos vários trabalhos foram desenvolvidas metodologias para o estudo com gramas: determinação da taxa de cobertura do solo; coloração do gramado; coleta de plugs para determinação de fito massa acumulada nas raízes, rizomas, estolões e parte aérea; elaboração de uma Manual sobre Monitoramento do Estado Nutricional da Grama Esmeralda (Zoysia japônica Steud) através da Análise Química de Folhas. Além dos trabalhos com calagem, encontra-se atualmente em desenvolvimento, na região de Itapetininga mais uma a tese de doutoramento, da pós-graduanda Clarice Backers, orientada do Prof. Dr.Leonardo T. Bull, sobre doses de lodo na produção de tapetes de grama, uma linha de pesquisa bastante promissora, pois pretende dar uso apropriado para um resíduo gerado em grande quantidade e que apresenta um carga orgânica e de nutrientes adequadas para produção de gramados. A cada pesquisa a FCA tem se firmado como principal centro de pesquisa de grama do país e com esse compromisso está organizando o III SIGRA, cujo tema será "Atualidades & Perspectivas" a ser realizado nos dias 21 a 23 de março de 2006. O evento foi criado para promover a visão agronômica da cultura da grama e contará com diversos profissionais envolvidos na cadeia produtiva, tanto do Brasil como também dos EUA. As pesquisas sobre nutrição e adubação de grama na FCA, assim como no Brasil são recentes, porém nestes últimos 5 anos de trabalho, através de iniciativas do GEMFER- Grupo de Estudos e Pesquisa em Manejo de Fertilizantes e Resíduos do DRN – Ciência do Solo., muitas informações foram geradas e repassadas aos produtores e às empresas que fazem a manutenção de gramados.. Isto ocorreu através de eventos como o I e II SIGRA, palestras e dias de campo, oportunidade em que se promoveu a divulgação dos resultados das pesquisas e a troca de experiências entre produtores e técnicos envolvidos no setor. Estas informações foram também transmitidas aos alunos através dos eventos científicos e visitas técnicas. Por tudo isso, o GEMFER, que iniciou essa linha de pesquisa, sente-se orgulhoso com o que vem realizando até então e bastante motivado a dar continuidade nesses estudos.